Como lidar com o preconceito e a discriminação no ambiente de trabalho?

Você já vivenciou ou testemunhou alguma situação que pudesse classificar como preconceito no trabalho? Muitos já viveram. Isso é algo que não podemos disfarçar, pois ainda tem forte consequência no cotidiano empresarial.

Esse é um problema que deve ser trabalhado e discutido em todas as áreas profissionais. A discriminação e o preconceito estão entranhados na personalidade das pessoas e podem aparecer nos mínimos detalhes do dia a dia do trabalhador.

Como lidar com o preconceito e a discriminação no ambiente de trabalho?

Como essa é uma discussão que merece um certo cuidado em sua abordagem, resolvi apresentar algumas orientações para que você compreenda quais são os tipos de preconceitos mais comuns, como lidar com eles e como se relacionam com a cultura organizacional e a imagem da corporação. Continue a leitura!

O que é preconceito?

A palavra “preconceito” já mostra por si mesma a própria definição: criar um “pré-conceito” ou um prejulgamento de algum ser em razão de sua aparência, modo de falar, agir ou se portar.

Os preconceitos são variados no ambiente de trabalho e podem surgir sem que a pessoa que o pratica reconheça que está agindo de forma negativa. Afinal, na maioria das vezes, o prejulgamento do outro é algo internalizado e ocorre devido a determinados estereótipos construídos dentro da sociedade.

O que é estereótipo?

“Estereótipo” é uma palavra de origem grega e significa “impressão sólida”. Ou seja, é uma imagem pré-determinada, solidificada de alguém, alguma coisa ou situação que muitos consideram como uma verdade a ser seguida.

Os estereótipos são usados com frequência na sociedade e passam despercebidos no nosso dia a dia. Por exemplo, quando dizemos que “mineiro é quietinho” ou que “carioca é muito extrovertido”.

Normalmente, sinto que é importante conscientizar as pessoas sobre esses estereótipos construídos no decorrer de nossas vidas e que sempre terão um lado aceito socialmente e o seu oposto negativo. Por exemplo, quem acredita que uma pessoa com experiência é boa para ocupar determinado cargo, verá os mais jovens como o seu oposto negativo, isto é, incapazes de ocuparem determinadas posições em uma empresa.

Quais são os tipos de preconceito?

Há diversos tipos de preconceito que podem ser enfrentados em uma empresa. Muitos estão relacionados à idade, ao gênero, à etnia ou à religião. Abaixo, explico cada um detalhadamente.

Idade

A idade pode ser vista pelos seus dois lados: ou o profissional será jovem demais ou velho demais para ocupar um cargo. Normalmente, os jovens são vistos como incapazes, já os mais velhos, como pessoas conservadoras. Porém, ambos os lados enfrentam problemas para “provarem” a competência do seu trabalho.

Estereótipo de gênero

Esse é um preconceito que na década de 1980, por exemplo, ainda não era observado pela sociedade em grande escala como ocorre hoje, pois nessa época ainda estávamos engatinhando em direção a algumas conquistas sociais.

As mulheres normalmente não são visadas em cargos superiores porque um dos estereótipos que continuam enraizados na sociedade é que as “as mulheres não são boas para comandar devido ao grande coração que têm”.

Porém, quando uma mulher quebra determinado estereótipo e se mostra competente, exigente e uma boa gestora de equipe, provavelmente, ela será vista como desagradável pelos seus colegas de trabalho. Ou seja, esse é um prejulgamento que atinge os dois lados.

Etnia

Um dos estereótipos mais antigos e mais fortes dentro da sociedade são os relacionados à etnia. E isso envolve traços físicos, modos de falar e costumes. Não podemos confundir preconceito étnico com racismo — o racismo é uma crença na superioridade das raças e carrega em si marcas dos discursos abusivos construídos historicamente, já o preconceito é um prejulgamento.

Religião

Esse é um assunto delicado para debater hoje em dia. Posso apresentar dois lados: as pessoas que são religiosas e as pessoas que não são religiosas. Ao adotar qualquer uma dessas posturas, precisamos ter o cuidado de respeitar e não excluir o outro.

Muitas pessoas não expressam sua religião por receio de serem prejulgadas pelos companheiros de trabalho. Já outras preferem não manifestar a sua falta de crença, pois isso representaria uma falta de caráter de acordo com determinados estereótipos.

Como lidar com o preconceito no trabalho?

Ao ocupar a posição de líder, temos que promover ações educacionais quando percebemos a presença do preconceito no ambiente de trabalho. Afinal, esse problema tem várias faces e pode aparecer em diferentes momentos envolvendo os mais distintos personagens.

Por exemplo, caso um funcionário se recuse a trabalhar com determinada colega afirmando que ele não lida muito bem com mulheres, isso será um alerta vermelho e a reparação deverá ser feita exatamente ali. Veja como agir.

Dialogue com o grupo

O diálogo é sempre uma das primeiras opções. É nesse momento que você pode expor como determinado comportamento e prejulgamento não fazem parte dos ideais da empresa e reafirmar que todos os colaboradores da equipe são merecedores dos postos que ocupam.

Destaque a importância da empatia e mostre como se colocar no lugar do outro é fundamental para compreender a sua realidade. Além disso, mantenha uma postura firme e demonstre sua insatisfação com o comportamento preconceituoso.

Fale sobre diversidade nas reuniões

Um assunto muito em pauta é a relevância da diversidade para um bom ambiente de trabalho. Então, dedique algumas reuniões para tratar desse assunto com mais ênfase, demonstre como cada diferença é importante para construir uma empresa sólida, diversa, criativa e que esteja de acordo com as demandas dos consumidores atuais.

Aproveite o momento para deixar claro que determinadas piadas, desrespeitos e intolerâncias não serão mais aceitos dentro do ambiente organizacional.

Faça uma autoavaliação

O preconceito é algo que não devemos apenas apontar nos outros, afinal, ele também nos leva a fazer uma análise de nós mesmos. Então reflita: o que tenho em mim que ainda faz com que eu acredite em certos rótulos? Você é uma pessoa influenciadora no trabalho e deve demonstrar o seu exemplo.

Um dos primeiros passos para evitar a ação de rotular pessoas é deixar de julgá-las. Para isso, é preciso compreender que todos são diferentes, pois vivem em contextos distintos,  estudaram em escolas variadas — particulares, públicas, estrangeiras, interioranas — conviveram com pais diferentes — alguns nem pais tiveram — e não exercem os mesmos trabalhos.

Contribua para a mudança

Se você é o tipo de pessoa que faz piada sobre nacionalidade, gênero, religião ou etnia de determinados grupos com a intenção de chamar atenção, agora é o momento de dar exemplo e parar com esse comportamento. É importante que o ambiente de trabalho seja descontraído, mas sem menosprezar outras pessoas e suas características.

Deixe esse ponto claro para os companheiros de trabalho. O preconceito é mais presente em locais onde as pessoas ainda têm medo de falar sobre o assunto. Então, se for preciso, faça reuniões, exponha o problema — não a pessoa — e demonstre como certas mudanças terão de ocorrer para que o clima organizacional e o ambiente de trabalho tornem-se mais agradáveis e os profissionais, cada vez melhores.

Quais são os impactos desse bom trabalho na cultura organizacional?

A cultura organizacional é desenvolvida e consolidada com o tempo em uma empresa. Tudo depende do clima organizacional, dos valores construídos e compartilhados.

A questão do preconceito, quando bem dialogada e posta como algo que leva os colaboradores a fazerem uma autorreflexão, demonstrará para a sociedade o quanto a empresa se preocupa com os valores humanos e isso é muito importante de se destacar.

Então, seja uma pessoa aberta para escutar quem sofre alguma discriminação, promova um trabalho de conscientização e demonstre que a partir de então não haverá mais espaço para preconceito no trabalho. Só assim, um líder poderá extrair o que há de melhor em seus colaboradores.

Notou como o preconceito no trabalho ainda existe e merece uma atenção especial? Muitas vezes ele é vivenciado, mas não é compreendido, por isso, é necessária muita atenção. Se você quer entender mais sobre o assunto, assine a minha newsletter e fique por dentro de todo o conteúdo que preparo para você!

Oi, eu sou a Rachel Jordan, consultora de imagem e comportamento há uma década, e nesse blog divido minhas dicas, descobertas e leituras com você.

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