O dress code vai acabar?

O dress code vai acabar?

Eu tenho acompanhado uma polêmica nos últimos tempos: o dress code vai acabar? Trabalhando exatamente nessa área há mais de uma década, eu espero que sim. Vou explicar: eu desejo que não existam mais pessoas excluídas de um processo seletivo pela forma como se vestem e que ninguém seja mais demitido por expressar sua individualidade nos acessórios e tatuagens, por exemplo.

Afinal, quando pensou em dress code aposto que foi isso que você imaginou. Mas olha que coisa curiosa: assim como as normas de etiqueta, o dress code NÃO nasceu para excluir. Muito pelo contrário. Ele colocava todos em pé de igualdade, afinal, bastava ter o conhecimento necessário para se sentir confortável em um ambiente profissional ou social. E até hoje acontece isso.

Afinal, é justamente nas empresas que não têm um dress code específico, normalmente as de natureza mais informal, que as pessoas têm mais dificuldade de se vestir. E sabe por quê? O ser humano, por natureza, precisa ser aceito onde vive e se relaciona. E como as roupas são a forma mais imediata de sermos percebidos, elas são nosso cartão de visita. Tudo o que queremos é não chamar a atenção em um ambiente mais formal – seja ele de trabalho ou de festa.

Se por um lado é verdade que a moda anda cada vez mais democrática e as individualidades (ainda bem!) são cada vez mais respeitadas, por outro ainda existe (e sempre existirá!) um respeito à natureza do ambiente profissional – e social.

Mas concordo plenamente que essas mudanças todas foram, com o tempo, alterando a percepção das pessoas em relação ao sentido da expressão dress code. Ela ficou parecendo algo arrogante e excludente. E tudo o que eu não quero é essa leitura para a área de consultoria de imagem que eu mais amo trabalhar.

Por isso, busquei a consultoria especializada de uma rede de fortalecimento de profissionais LGBTQIA+ e pedi uma análise da minha linguagem. Como consequência, há mais de um ano eu mudei o nome do meu workshop mais procurado. De Dress Code, ele virou Estilo Profissional. Também eliminei essa expressão nas minhas comunicações.

Mas isso significa que a consultoria de imagem não vai mais precisar abordar o dress code nos seus atendimentos? Claro que não! Imagina se seu cliente precisa transmitir o máximo de credibilidade em uma reunião formal e te procura para saber o que deve vestir. Mesmo que não exista nenhuma exigência por parte da empresa dele, existe uma mensagem que ele quer passar e se você não dominar esses códigos, sinto muito, ele vai precisar procurar por outra…

Oi, eu sou a Rachel Jordan, consultora de imagem e comportamento há uma década, e nesse blog divido minhas dicas, descobertas e leituras com você.

Search
Carrinho de compras