Quando a gente fala de biótipos, é importante levar em conta dois tipos de medição: a de tipos de silhueta (que eu ensino a fazer com varetas, inclusive à distância) e a proporção de 8 cabeças. E é sobre ela que vou falar hoje. Em primeiro lugar, vale destacar que a proporção visual é influenciada pelas preferências culturais. No entanto, certos conceitos são aceitos por muitas culturas e resistiram ao passar dos séculos.
Um deles é que por mais curioso que possa parecer, pensar em um corpo (ou em um look) dividido pela metade não tem nada de harmonioso. Segundo Carla Mathis e Helen Connor no livro “The Triumph of Individual Style”, “uma divisão em metades exatas é o menos interessante; muitas vezes é até enfadonha. Quando você olha para uma linha ou forma dividida exatamente ao meio, o cérebro as interpreta rapidamente e não sobra nada para capturar o interesse do olho. Por outro lado, quando uma parte domina demais a outra, o desequilíbrio nos faz perder totalmente o interesse”. Mas então como encontrar o equilíbrio? Olhando para a proporção de 8 cabeças!
No meu curso Biótipos Online, que acontece agora em outubro (inscrições abertas aqui!), eu ensino até uma técnica superprática de medição online, mas por ora quero falar sobre a base dessa teoria. A gente parte do princípio de que um corpo harmonioso tem exatamente 8 vezes a medida da cabeça daquela pessoa. Então, tiramos a medida a partir de onde nasce o nosso cabelo até o queixo e fazemos as contas. Só que as cabeças variam de tamanho, é claro, então essa medida pode sobrar ou “faltar” e é aí que mora o segredo.
Essa informação nos dá indicativos de quais proporções de roupas ficariam mais harmoniosas no look: onde deve começar um decote, terminar uma barra, se posicionar a cintura de um blazer e muito mais.
Por exemplo: de onde nasce a raiz do nosso cabelo à cintura, normalmente temos 3 cabeças. Então para saber onde posicionar a cintura de uma peça de roupa para ter um visual harmônico, você precisa medir 3 cabeças do seu cliente a partir do topo da cabeça dele. É ali que o cós da calça ou saia e a barra do blazer ou camisa deve ficar. Já um blazer deve terminar na altura do púbis que, nessa técnica, equivale a 4 cabeças contando sempre a partir de cima.
Por aí dá para perceber que, além de estética, a proporção de 8 cabeças também ajuda no conforto dos nossos clientes de varejo e Consultoria de Imagem. Quer saber mais? Vem pro meu curso rápido porque as vagas estão esgotando! Basta clicar aqui.
Foto: Kira auf der Heide na Unsplash