Uma breve história dos tecidos

história dos tecidos

A próxima edição do meu curso Tecidos na Prática acontece no dia 16 de março em São Paulo e eu quero aproveitar o post de hoje para contar para vocês uma breve história dos tecidos.

Desde a pré-história, quando o homem sentia frio havia a necessidade de cobrir o corpo e eles aproveitavam as peles dos animais abatidos para comer. Mas mais que uma questão de função, ao longo do tempo a história dos tecidos inclui toda uma simbologia importante. Existem registros de 4000 a.C. que mostram o uso das fibras naturais como uma forma de demonstrar poder e riqueza.

O linho, por exemplo, é até hoje considerado um dos mais nobres do mundo. Ele é uma fibra natural vegetal, retirada do talo da planta Linum usitatissimum, nativa do Irã e da Turquia. No Egito Antigo, era cultivado à beira do rio Nilo e usado para vestir Faraós e mumificá-los, ou seja, se tornou um símbolo de poder há cerca de 8.000 anos. Logo o tecido se espalhou mundo afora, e foram os romanos os primeiros a cultivá-lo em solo europeu.

, em forma de pele de carneiro, já era usada desde eras pré-históricas. Porém, foi na Mesopotâmia, com a domesticação das ovelhas, que a lã começou a ser utilizada como tecido de fato. Para além das roupas, itens de decoração para a casa eram feitos com o material. Uma curiosidade que vi no site DDX Têxtil fala sobre a “fabricação dos tecidos” então: “Nessa época, não havia tear de nenhum tipo. Assim, os fios eram amarrados em galhos de árvore e o próprio corpo do tecelão era usado para passar os fios entre um e outro e criar a trama”.

Já as primeiras peças de algodão surgiram no continente asiático, mais especificamente na Índia. Logo o tecido, cuja fibra é retirada da semente do algodoeiro, chegou ao Egito, onde, ao ser plantado às margens do rio Nilo, se tornou mundialmente famoso por sua resistência e maciez. Hoje é a fibra mais usada no mundo.

Por fim, um dos mais nobres tecidos do planeta, a seda é sinônimo de luxo e elegância. Reza a lenda que uma princesa chinesa se encantou com os fios brilhantes e finos que envolviam uma lagarta e desejou poder se vestir com eles também. Indícios das primeiras sedas remontam à época do imperador Huang Ti, cerca de 2.697 a.C.. A fibra virou, então, objeto de desejo em todos os lugares, tanto que deu origem à Rota da Seda, um percurso que ligava a China ao Ocidente. É a única fibra natural na forma de filamento contínuo.

Um novo capítulo na história dos tecidos veio com a Revolução Industrial que, com a criação de maquinários específicos, possibilitou pela primeira vez as tramas feitas de maneira não-artesanal e em larga escala. Com o tempo, surgiram os tecidos sintéticos, como poliéster, lycra e viscose, ainda mais baratos e, muitas vezes, flexíveis. Mas vale sempre lembrar que duram menos, não deixam a pele respirar e transmitem uma mensagem de menos nobreza e elegância. E o futuro? O uso de impressoras 3D é o futuro dos tecidos que já começou a se concretizar. As tecnologias criando aparelhos wearable se multiplicam e prometem ainda muitas novidades. Eu mal posso esperar 🙂

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Foto de ziphaus na Unsplash

 

Oi, eu sou a Rachel Jordan, consultora de imagem e comportamento há uma década, e nesse blog divido minhas dicas, descobertas e leituras com você.

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