A nova etiqueta

A nova etiqueta

A agência VML Intelligence trouxe no relatório das 100 tendências mais promissoras do ano o tópico “A nova etiqueta”. Segundo a pesquisa, 80% dos entrevistados globais concordam que as pessoas estão se comportando pior do que nunca atualmente.

Eu mesma estou sempre comentando no meu Instagram episódios de pessoas se aproveitando da boa vontade das outras no avião, invadindo lojas e destruindo tudo, brigando nas ruas, atrapalhando o cinema, sem comportando mal no restaurante. “Acendemos um sistema de alerta precoce, pois frustrações e mudanças sociopolíticas muito maiores estão prestes a surgir”, disse à VML Kirsty Sedgman, especialista em estudos culturais da Universidade de Bristol.

O negócio está tão feio que os resorts da Disney na Flórida e na Califórnia colocaram uma seção chamada “cortesia” nos guias para os visitantes em seus sites, pedindo aos participantes que se tratem com respeito. Muito provavelmente isso ainda é desdobramento dos tempos em que ficamos isolados na pandemia, cada apenas cuidando da sua própria vida, sem se preocupar com o outro e sem conviver no mesmo espaço físico. É o que a especialista chama de “economia de desconexão” e “colapso do contrato social”. Um horror!

A boa notícia é que todos já estão percebendo a falta que fazem a gentileza e o bom senso. É aí que surge o que eles estão chamando de nova etiqueta, mas na verdade é uma nova forma de abordar o assunto, que, você sabe, é o meu preferido. Alguns exemplos desse movimento vêm da China, dos Emirados Árabes e de Dubai.

Para começar, a especialista em etiqueta Sara Jane Ho (do programa Mind Your Manners da Netflix), que vai lançar um livro sobre o tema este ano. Tem também o tiktoker (!) chinês Ziying Zhou, que está ensinando etiqueta e conduta social aos residentes dos Emirados Árabes Unidos por meio de workshops e aulas particulares. O terceiro exemplo é Keiko Kawano, autointitulada “instrutora de sorrisos”, que está ajudando os japoneses nas relações interpessoais, principalmente por meio da comunicação não-verbal já que eles passaram tanto tempo atrás de máscaras.

No ambiente profissional, outro movimento marcante de nova etiqueta vem acontecendo, segundo o relatório da VML: 45% das empresas dos Estados Unidos estão oferecendo aulas de etiqueta, reforçando um conteúdo que vai do vestuário à netiqueta, passando pelas conversas no local de trabalho. Sara Jane Ho resume a conversa com uma frase que me agrada muito: “Neste momento de solidão épica, precisamos da etiqueta mais do que nunca como a forma máxima de bem-estar, uma forma de promover o crescimento individual genuíno e saudável – através da conexão humana”.

Tem tudo a ver com o que eu trago no meu manifesto:

“Eu me recuso a acreditar que vamos apequenar nossas vidas.

Que elas vão ficar restritas ao ritmo frenético de reuniões em que mal dizemos bom dia.

Quando penso no futuro do trabalho, desejo que seja leve.

Que empatia e sensibilidade não sejam soterradas sob prazos e pressões.

Que a tecnologia nos dê tempo para realizar pequenos grandes gestos.

Que nosso conceito de sucesso não tenha nada a ver com dinheiro, profissão, classe social, estilo de vida.

Mas sim com comportamento, gentileza, atenção, cuidado, delicadeza”.

 

E se você quiser se aprofundar, convido a visitar minha página de cursos, onde ofereço cursos e workshops sobre etiqueta à mesa, comportamento profissional e muito mais.

 

Foto de Kelly Sikkema na Unsplash

Oi, eu sou a Rachel Jordan, consultora de imagem e comportamento há uma década, e nesse blog divido minhas dicas, descobertas e leituras com você.

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