Eu adoro ver as cerimônias de premiação com red carpet e hoje venho aqui propor um desafio: e se a gente olhar os vestidos do Oscar, que aconteceu esta semana, pelo ponto de vista dos tecidos? Eu, por exemplo, gosto de analisar três critérios:
1. Em primeiro lugar é importante observar o modelo: se pede alças Malévola, como eu vi bastante, ou seja, durinhas e elevadas, não vai ficar bom em um tecido molinho. O contrário também é verdadeiro: se a alça é caída no ombro precisa de uma matéria-prima com caimento.
2. Em segundo, vale observar o biótipo: o volume do tecido encorpado, como um tafetá, chama atenção para determinadas partes do corpo. No caso dos vestidos do Oscar, vale observar o decote de Kim Kardashian (by Balenciaga). Mas também é uma matéria-prima que pode se manter distante do corpo por ter estrutura e, portanto, disfarçar partes indesejadas. Já os tecidos tipo “molhados” ou mesmo a seda marcam tudo.
3. Por fim, você já parou para pensar que os tecidos transmitem mensagens? Quanto mais estruturado e encorpado mais ele passa a ideia de poder, força e distanciamento. Ideal para os vestidos do Oscar ou para quem quer chegar chegando em uma festa ou ainda impor presença em uma reunião, no caso de um look profissional. Quanto mais molinho e macio, mais traz uma ideia de acessibilidade, romantismo e fragilidade.
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