Quando eu falo que etiqueta e comportamento (as famosas soft skills) abrem portas não estou brincando.
Foi-se o tempo em que etiqueta à mesa era o que distinguia o nobre do burguês, excluindo esse último do ciclo restrito da elite. Hoje, ela é democrática: sabendo regrinhas, muitas vezes apoiadas no simples bom senso, qualquer pessoa pode demonstrar gentileza, delicadeza e… se tornar inesquecível.
Em tempos de Inteligência Artificial, em que a tecnologia parece cumprir as tarefas maçantes do dia a dia – e até algumas criativas, diga-se de passagem, as soft skills são o maior diferencial de alguém procurando uma oportunidade no mercado de trabalho.
Esses dias vi uma reportagem da BBC News Brasil, que ouviu especialistas em capacitação a jovens das periferias do Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará para entender como eles superam as barreiras sociais que podem dificultar sua entrada no mercado de trabalho e fiquei superfeliz. Adivinha o que esse pessoal entendeu? Que precisa investir em comportamento profissional!
O estudante universitário Victor Rodrigheri, de 20 anos, morador do Jardim Bonfiglioli, na periferia de São Paulo, conta que sempre foi tímido e a comunicação era um grande problema. “Para mim, a chave mais importante foi aprender como me comunicar melhor, como não ficar nervoso na entrevista, como usar as mãos para passar mais segurança quando falo sobre minhas ideias”, explica na reportagem. Para tentar resolver o problema, o jovem então se inscreveu em um programa de capacitação profissional da Fundação Wadhwani. Resultado: passou em sua primeira entrevista de emprego.
“O que escutamos dos empregadores é que, muitas vezes, o jovem da periferia chega bem preparado, com curso técnico e outras qualificações, mas tem dificuldades básicas, como escrever um e-mail e se expressar em uma reunião”, resume Thiago Françoso, vice-presidente da fundação no Brasil.
No Brasil, a “comunicação” foi apontada por 84% dos empregadores ouvidos em uma pesquisa da Fundação Wadhwani como a habilidade essencial de um candidato a uma vaga — 44% também falaram em “resiliência”; 40% em “trabalho em equipe”; 32% disseram considerar a qualidade do “atendimento ao cliente”; e 24% citaram “liderança” e “responsabilidade”.
É o que eu sempre digo, gente: não tem cargo, aparência ou look que segure falta de tato ou sensibilidade.
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Foto de Dayne Topkin na Unsplash