Você sabia que, embora visualmente parecidos, estes dois tecidos têm lá suas particularidades? Então hoje vou falar sobre a diferença entre seda e cetim.
Em primeiro lugar, a seda é um tecido natural, produzido a partir de fios de casulo de lagartas que dariam origem a diversos tipos de mariposas. O bicho-da-seda mais comum é o das amoreiras, que respondem por 95% da produção mundial – em um processo bem parecido ao que acontecia a cerca de 5 mil anos.

Já o cetim – nome que vem da cidade portuária chinesa Zaitun (agora conhecida como Quanzhou) – é um tecido que originalmente era feito a partir da seda, mas que hoje em dia pode ser elaborado tendo como base o raiom e o poliéster, por exemplo. Com brilho delicado de um lado, aspecto opaco do outro e textura suave, ele ficou mais acessível com o passar do tempo – e menos nobre quando derivado de fibras sintéticas.

Ao passo que a seda é muito usada em blusas, camisas, vestidos, echarpes, lenços, calças, gravatas e lingeries, o cetim é queridinho de sapatilhas de balé, forros de casacos, roupas de cama e jaquetas bomber, além de camisas e lingeries.

Outra diferença entre seda e cetim é que o primeiro é leve, macio, resiliente, perfeito para criar drapeados, absorvente e seca bem. Já o cetim – principalmente na variação italiana – é encorpado, não cede e confere volume à silhueta. Outros tipos conhecidos de cetim são o bucol (um pouco menos encorpado) e o “toque de seda”.
Já a seda pode dar origem a tecidos superleves, como chiffon e organza; tecidos de peso médio, como crepe, cetim, shantung, tafetá, Jersey e tweed; e até tecidos mais pesados, como o brocado e tapeçarias.

Em comum, os dois transmitem uma ideia de sofisticação e são perfeitos para o dress code Passeio Completo, geralmente requisitado para eventos como casamentos, jantares, óperas e comemorações oficiais.
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